quarta-feira, 17 de junho de 2009
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Vai ser como se eu nunca tivesse existido...
Para ser honesta já perdi a conta da quantidade de vezes que já abri o Word para escrever algo desde esse dia. Porém, há medida que as palavras vão desfilando no ecrã, eu abano a cabeça, guio o rato até ao [X] no canto superior direito e clico nele. Depois, contra o meu instinto, clico no botão de NÃO em resposta à mensagem “Deseja guardar as alterações a Documento 1?”. Não, não quero guardar as alterações. Porque guardar estas alterações era como concordar em continuar um texto onde te vou ferir. E já não o quero fazer mais. Estou farta de andarmos neste jogo, como já te disse.
Porém não estou a pedir que acabemos com o jogo. Apenas que redesenhemos regras novas. Mas quando um não quer, dois não brincam, como me disse uma pessoa de que gosto muito. E se tu não queres, se me julgas desaparecida para sempre, eu deixo. As minhas energias para te amar enquanto Set, Nash, Kiko, Francisco ou Taiki estão-se a esgotar. E não serão alimentadas em breve ao que parece, já que fui amada apenas enquanto Kizna.
Este não só é o último texto que dedico a este tema, como o último do blog. Ele viu muitas coisas e preciso de sair daqui. Vou-me mudar para outras paragens e ser a M-A-R-I-N-A sem problemas e sem me preocupar (demais) com quem me prefere transformar apenas numa boa recordação.
És meu amigo, sempre serás. Amo-te em tantas acessões quanto a palavra possa ter. Infelizmente parece que isso não foi o suficiente.
Marina
terça-feira, 9 de junho de 2009
Chocolate...

Tirem as conclusões que quiserem acerca disto, eu apenas acho que é giro xD
domingo, 7 de junho de 2009
Sala
Ela olhou para as sapatilhas e forçou-se a ganhar ânimo para as tirar. Uma tarefa tão simples em qualquer outro dia, mas tão difícil naquele momento. Ela sabia que havia certas coisas na vida que não podiam ser evitadas, que quando tínhamos de fazer ou dizer algo que nos enervava, era impossível de evitar. E as suas consequências também. Estivera tão certa na altura, no momento em que dissera a sua sentença, o que, supostamente, sentia no momento.
Seria possível que se tivesse arrependido? Não, constatou. Tudo o que dissera na altura continuava a soar-lhe verdadeiro na sua cabeça. O que ainda a chocava fora a calma dele. Concordara com o que ela lhe dissera, talvez nem tivesse chorado como ela. Mal pousara o telefone as lágrimas tinham corrido pelo seu rosto abaixo. Mas no momento não corriam.
Forçou-se a desatar as sapatilhas, a mandá-las para o outro lado do quarto. Até a forma daqueles sapatos lhe traziam recordações. Na realidade para onde quer que olhasse em volta naquele quarto, lembrar-se-ia dele. Como apagar um amigo da nossa vida? Para ser verdadeira, não devia ser um apagar. Apenas um atenuar. De qualquer maneira, era difícil. Até se lembrava de quando dormiam os dois naquele quarto, conversando até de manhã.
Vestiu o pijama, pegou na almofada e nos cobertores e foi dormir para a sala.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
I'm shy...

domingo, 31 de maio de 2009
Segunda, dia 1 de Junho é amanhã
=)
Boa época de frequências. Vemo-nos nas férias...
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Esquecer
Ela levantou-se e tomou banho. Vestiu um vestido preto simples, sentou-se na cadeira e colocou os óculos. Entrelaçando os seus pés com os da cadeira, pegou num pincel e prendeu o cabelo numa bola artística. Ainda tinha tinta que lhe caiu nos fios castanhos, tingindo-os de azul-claro. Se não fosse o banho que tomara, teria apenas se juntado a uma palete de manchas de tinta seca. Mas ela não se importava. Mordeu outro pincel, enquanto procurava por um pano em cima da mesa, entre os pincéis, os tubos, o copo com água. Estava suja. Tinha de a ir trocar.
Levantou-se, ainda mordendo o pincel. Lá estava o pano, a secar na torneira. Nem o vira quando fora tomar banho. Trocou a água, pegou no pano, voltou para o seu poiso. A tela fitava-a, já preenchida por um retrato dele. Na noite anterior queria tê-lo acabado, mas desistira quando quase caíra do banco, sucumbindo ao sono. O sol já nascia quando finalmente se deitara na cama. Agora, depois de ter dormido quase todo o dia, sentia-se pronta para acabar. Tinha de o fazer antes que todas as recordações dele se fossem.
Tal como ele.
Era estranho pensar que já não o tinha ao seu lado. Que o rosto que estava a pintar já não seria o primeiro que lhe viria à mente quando precisa de falar com alguém. Na realidade, talvez continuasse a ser, mas não poderia pegar no telemóvel e lhe telefonar. Porque ele se fora. A pressão que fez com os dentes seria a suficiente para partir o pincel, se ainda o estivesse a morder. Porém a sua mão manteve-se firme à medida que o retrato ia sendo completado.
Os olhos verdes estavam perfeitos, constatou com um sorriso triste. Seguiam-na por todo o quarto quando se mexia, quando fazia as pausas estritamente necessárias. Deixou os lábios para último. Os lábios perfeitos, que tinham palmilhado cada canto do seu corpo, que eram a sua bússola. Ria quando eles riam, chorava quando eles se entristeciam. E vivera naquele amor, naquela idolatria com uma força e uma dependência que agora a estavam a destruir.
Só se mantinha inteira quando pintava. Durante meses tentara criar o retrato perfeito dele, mas havia sempre algo que não estava bem. Ou eram os olhos, aqueles olhos, que não tinham aquela expressão característica ou faltava a covinha na bochecha direita. Finalmente conseguira conjugar todas as características perfeitas na noite anterior. Agora pintava com uma sofreguidão devota.
Sabia que aquilo era uma vitória. Pintou os lábios e sorriu. O quadro estava pronto e fazia jus ao modelo. A primeira luz da manhã entrou pela janela. Mais uma noite se passara, constatou com admiração. Arrastou-se para o banho, deixou que a água lavasse de si toda a tinta. O rosto na sua mente desapareceu e ela deslizou. Sentou-se. Durante horas a água caiu sobre o seu corpo passando de quente para fria. Acabara-se o gás. Devia ter pedido uma botija nova há três dias.
Não se lembrara.
Tal como não se lembrava porque é que se esquecera. Porque é que se esquecera de algo tão básico. Levantou-se, tiritando, secou-se e vestiu-se. Ia pegar no telefone quando viu que era de noite. Já? Telefonaria no dia seguinte. Mas… porque estava o quarto tão desarrumado? O chão cheio de manchas de tinta? Tinha de o limpar ou nunca mais as ia conseguir tirar. Peguei nos tubos pelo chão, esfreguei as cores do meu chão de madeira e cheguei ao foco principal. Ergui os olhos e vi, num cavalete, um retrato de um dos mais bonitos rapazes que alguma vez conhecera. Olhos verdes, cabelos negros, lábios perfeitos.
Porém não me lembrava de pintar aquele quadro. Creio, também, que seria impossível esquecer tal rapaz. Franzi o sobrolho, mas optei por não fazer mais perguntas. Caí na cama e adormeci.